sábado, 22 de setembro de 2012

Paixão rubro-negra. Muito além dos gramados...

Estava eu, lendo uma matéria na revista Cláudia (edição 467, agosto 2012), escrita pela jornalista Elisa Tozzi, quando ela cita um editor com quem trabalhou. Segundo ele (o nome não é divulgado), "uma mulher de vermelho não tem medo de se arriscar. Basta colocar um vestido dessa cor para que aquela força apareça. Uma mulher de preto é diferente. Porque de preto ela até quer chamar a atenção, mas tem algo a esconder".

Essa frase me chamou muito a atenção porque vermelho e preto são minhas cores favoritas. E  não tem nada a ver com o fato de eu ser Flamenguista. Gosto dessas cores. Sempre gostei. Admiro o vermelho. Cor forte, associada à paixão. Mas evito usar. Não sei, acho que sou muito branca... Prefiro o preto, cor discreta. E concordei com o tal editor. 


De acordo com a cromoterapia, a cor vermelha pode ser associada à força do bem e poder da cura, mas também ao autoritarismo. A cor simboliza o calor, a nobreza, audácia, as paixões e sexualidade. Traduz a agressividade, a ação, conquista, liderança, atividade. Quando em excesso pode também representar o mau humor, irritação, violência, perigo, destruição, o ódio e a ira. 
Sua personalidade é definida pela impulsividade, extroversão, vitalidade. Animação, força e dinamismo. Utilizada por quem quer ser notado, impor atenção, festividades. Atrai vida nova e pontos de partida inéditos. Afetuosidade e perdão são duas belas qualidades dessa cor, assim como prosperidade e gratidão.
O vermelho traz vigor às funções físicas e atenua a inércia, a melancolia, tristeza, depressão e letargia. Ele transfere a energia necessária à reconstrução e à fortificação do corpo. 
A cor vermelha é a cor do elemento fogo, do sangue e do coração humano. É uma cor quente. Tende a atrair o olhar das pessoas e chamar a atenção. Se você usar vermelho, isso pode indicar que tem ardor e paixão, ferocidade e força.
Na Europa o vermelho represente o perigo, amor e excitação. Na China, boa sorte, celebração, alegria, felicidade, vitalidade. É a cor tradicional das noivas. Na Índia significa pureza. Na África do Sul, luto. 


A cor preta é a inexistência de cor ou ausência de luz. Significa negação. Normalmente está ligada ao erro, pecado, morte ("reino das trevas", tristeza, luto); ao ódio e culpa; à seriedade e autoridade (vestimentas sacerdotais, togas de juízes); e à elegância e refinamento. 
Quando em excesso pode representar introversão, intolerância, renúncia e apatia. Sua personalidade indica reserva, pessoas não dispostas a abrir mão das coisas, elegância, sobriedade e resguardo.
O preto é ao mesmo tempo cor de proteção e mistério. Está relacionado ao silêncio, ao infinito. Também associada à ideia de morte, luto e terror. Quando brilhante, confere nobreza, distinção e elegância.
Uma análise psicológica sugere que a cor preta é expressiva e angustiante ao mesmo tempo. Transmite introspecção, favorecendo uma autoanálise. Pode nos impedir que mudemos e cresçamos como pessoas porque é uma cor que nos ajuda a isolar-nos e esconder-nos do mundo. O uso em excesso estimula a melancolia, depressão, tristeza, confusão, perdas e medo.
Na Europa o preto é sinônimo de luto, rebelião. Na Tailândia, de azar, infelicidade. Na China é relacionada aos garotos jovens.



Em cada lugar, por cada pessoa, as cores podem ser interpretadas de formas diferentes. Posso concluir que tenho um pouco das características de cada uma. Mas, como disse aquele editor lá do início do texto, o vermelho chama atenção enquanto que o preto nos mantém em menor evidência. 
Não sei se tenho algo a esconder como ele afirmou, mas sei que não gosto de chamar atenção. E embora eu ache o vermelho uma cor linda, prefiro não usá-la. Não tenho essa força ou poder. Guardo o vermelho para pequenos detalhes. Um brinco, uma unha pintada. Algo pequeno. Mantenho o preto. Discreto, misterioso. introspectivo. Pois sou assim. 



Sou o preto. Mas muitas vezes desejando ser o vermelho. Quem sabe um dia...



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Sem medo de ser feliz...

Já faz muito tempo que não escrevo aqui... E nesse "muito tempo", muitas coisas aconteceram... Coisas boas e coisas ruins. Coisas que me fizeram muito feliz e outras que me deixaram muito triste. Mas principalmente, coisas que me fizeram pensar sobre minha vida, quem sou ou quem quero ser. Onde quero estar e o que quero fazer.


Eu vi pessoas muito queridas indo embora... Isso me ensinou que a vida não é sempre do jeito que queremos. Por mais que você ame alguém, isso não é razão para que essa pessoa fiquei. Não nos cabe decidir. Existem forças maiores que definem quem vai e quem fica em nossa vida. E não é o fim do mundo. Mesmo que alguém vá para longe, as boas lembranças ficam. É o que as tornam especiais...

Também vi pessoas maravilhosas chegando. Descobri amigos que nunca poderia imaginar. Ganhei duas irmãs que aprendi a amar. Conheci pessoas lindas, de alma e coração, que a cada dia me ensinam um pouco mais, me fazem rir, me ajudam a superar as dificuldades diárias que a vida impõe. Porque ela é assim: tira de um lado, mas dá de outro. E só podemos agradecer por isso...


Reencontrei velhos amigos... Aqueles que sempre estão lá, mesmo que não os veja... Mas quando menos espera ou quando mais precisa, estão ao seu lado! Porque amigos são assim. Pode passar o tempo que for, ir cada um para um lado, mas eles estarão sempre com você. Não existe distância que separe ou impeça uma amizade...

E todas essas pessoas, que foram ou chegaram, me fizeram pensar sobre mim... "Cada uma que chega traz um pouco de si, e cada uma que parte leva um pouco de nós". Mas... quanto? Quem eu sou realmente? O que eu vejo quando olho no espelho? Quando olho para dentro... Será que sou e faço aquilo que quero e gosto ou o que os outros esperam de mim? E descobri a resposta...

Percebi que o que eu sou, nada e nem ninguém pode mudar. Não faço tudo o que quero... Não por medo, mas por falta de oportunidade. O que não significa que nunca será feito. Mas na minha essência, eu sou o que quero ser. Sei que nem sempre agrado, mas não vim ao mundo para agradar ninguém senão a mim mesma. Basta tomar cuidado para não magoar ou ferir alguém...


E decidi criar coragem para fazer algumas coias que sempre tive vontade... E como isso aconteceu? Simples, por causa de um problema de saúde precisei ser submetida a uma cirurgia... Tive muito tempo para pensar durante o tempo de repouso e percebi que se não fizer o que quero agora, a vida não vai parar e esperar que eu faça.

Foi fácil tomar essa decisão? Claro que não!!!!!! Mas foi necessário. E estou feliz com as escolhas que fiz. Ainda não puderam ser colocadas em prática, mas não vai demorar muito. E estou tão empolgada!!!! Faz tempo que não me sinto assim tão bem. E desejo que essa sensação dure muito tempo...

Mas o mais importante é que eu escolhi ser quem eu sou. Sem medo de ser feliz.



"It's time to begin, isn't it, I get a little bit
Bigger, but then, I'll admit, I'm just the same as I was
Now don't you understand
That I'm never changing who I am"
(It's Time - Imagine Dragon)